(Vicente Bastos)
Rever-te em breve dia quem me dera,
E como quero! E na espera eu canto.
Rever-te tanto quero e no entanto,
Receio finde ali a última quimera.
E nessa solidão de Ideal, portanto,
Transito dia a dia em vil espera.
Mas, no te rever, vai ver me espera:
A pá final de cal sobre o meu canto?
E ainda assim, com o rever-te sonho,
E sinto um sopro de passado redivivo.
Mas o riso se esvai, pois se me ponho,
A todo instante, ao duvidar coercivo:
Vai ver, melhor o recordar tristonho,
A atestar ao viço dado um abortivo.
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