sexta-feira, 7 de julho de 2017

SEM ESPELHO


gosto
de poemas assim, sem imagens
*
mas suplicam
q'eu ponha um manicômio aceso,
ou um pônei
que mais se assemelha a um corcel
caído dos cascos.
*
gosto
de poemas assim, sem imagens
*
desses
quando o vento abre levemente a porta
e só pela claridade
pensamos ver
quem é.

Dom Jorge

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